18 novembro 2002

Para a alegria de todos e felicidade geral da nação... Enfim foi decidido, é feriado de 20 de novembro por aki (Campinas e Unicamp). Como moro em outra cidade, onde naum será feriado, vou aproveitar o dia e passar pelo ortopedista (coluna e joelho - retorno), por um oftamologista (vista), por uma dematologista (manchas e marcas de espinhas no meu rosto) e por fim num endocrinologista (regime - retorno).... ufa... vai ser um dia empolgante... juro... tenho todas essas consultas marcadas... parece até piada.

Muita discussão sobre esse tal feriado, mesmo nós cidadãos negros estamos dividos... Em Limeira a batalha que mais se destaca é dos comerciantes contra o feriado e a comunidade negra a favor. Os comerciantes alegam que um dia a menos pode signifcar muito prejuízo, um dia a menos para as vendas, atraso nas entregas, etc e tal... mas se você anda pelas principais ruas comerciais de Limeira, você não vê sequer 1 pessoa negra trabalhando nas lojas... será que isso é justo?

Concordo com aqueles que argumentam contra o feriado em si, mas defendem comemorações especiais nas escolas, nos locais de trabalho, em praças, exposições e apresentações, coisa que talvez não aconteça num feriado propriamente dito... mesmo com muitas outras coisas para fazer no feriado, vou tirar tempo sim para visitar uma exposição de fotografia em comemoração ao dia da consciência negra, não só porque tem uma foto da minha irmã exposta, mas para comemorar de verdade...

Mas tem muita coisa interessante pra fazer no dia 20... uma delas é
Lançamento da OBI Music, a primeira gravadora de black e urban music e show de lançamento do CD do Berimbrown, tendo J.J.Jackson como um dos convidados, no ?Dia da Consciência Negra?

Data: 20 de novembro - 21:30h
Apresentação: jornalista Glória Maria
Local: DirecTV Music Hall.
Av. dos Jamaris, 213 ? Moema ? SP

Informações para compra de ingressos: (11) 6846-6000
5% da venda de ingressos será revertida em prol de portadores de Anemia Falciforme, da Santa Casa de São Paulo.

18 de novembro, dia de Aleijadinho




dica de livro
"Prisioneiras" (Garamond, 150 páginas, R$ 21,50)da socióloga Bárbara Musumeci Soares e da advogada Iara Ilgenfritz.

Em presídios e hospitais psiquiátricos as pesquisadoras encontram mulheres, a maioria condenada por homicídio, crime geralmente cometido contra alguém muito próximo, como filho ou marido. Uma delas esfaqueou o marido por não suportar o ódio por ele ter estuprado a filha do casal quando ela tinha apenas três meses. Tendo sobrevivido aos golpes de faca, o marido vai sempre visitá-la no manicômio. Convencida de que, quando sair da prisão, terá que voltar a viver com o marido, esta mulher chorou durante toda a entrevista que concendeu às pequisadoras.
Mas o lugar onde Bárbara e Iara encontraram maior tristeza e amargura foi na creche do presídio Talavera Bruce: ?As crianças possuíam olhares tristes, fisionomias desbotadas, sorrisos tímidos e atitudes um tanto selvagem de quem não está acostumado a receber gente estranha?.Para quem não tem condições de fazer esta escolha, a creche atende as crianças até seis anos, e a partir daí elas são encaminhadas para o juizado da infância, gerando um círculo de abandono que leva a novas prisões, desta vez não mais como filha de presidiária, mas por delitos cometidos já na vida adulta.

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