24 agosto 2005

Sapatos... amo sapatos...

Um pouco de história
Acessório indispensável no nosso dia-a-dia, o primeiro calçado foi registrado na história do Egito por volta de dois a três mil anos antes de Cristo. Tratava-se de uma sandália, com uma base, que seria o solado, e uma alça presa dos lados, passando sobre o peito do pé. As sandálias eram o tipo mais comum de calçado nas civilizações primitivas.

Os primeiros sapatos macios foram introduzidos na Mesopotamia por montanheses da fronteira que invadiram o vale. O material usado era o couro cru. Já os coturnos se originaram na Grécia como adereços do teatro, mas só se difundiram após terem sido copiados pelos romanos que passaram a usá-los no seu dia a dia. As mulheres gregas andavam descalças ou de sandálias pelas ruas; só os sapatos para uso em casa eram fechados e mais confortáveis.

Atualmente, esse indispensável acessório que costuma lotar armários e gavetas e sagrou-se uma das maiores paixões das mulheres, tornou-se muito mais democrático e as tendências de moda apresentam cada vez mais opções; podendo o consumidor escolher o que melhor combina com a sua personalidade.
Com formas bem diversificadas e com maior riqueza de materiais, encontramos sapatos com bicos finos e alongados, largos, arredondados ou quadrados; com finalizações dos tipos mais variados, irregulares, em triângulo e ou voltados para cima; com saltos das mais diferentes alturas e tipos - finos, grossos, arredondados, em forma de carretel, plataformas - e fabricados com diferentes matérias-primas, tais como: madeira, pvc transparente, tecidos de fibras naturais, materiais sintéticos, couros, pelicas de cabra, porco, cavalo e peles exóticas como a do peixe, pés de galinha, peru, avestruz, lagartos, cobras e jacarés.

Os sapatos através dos séculos

Até o Século V, os etruscos usavam calçados de modelo próprio, amarrados, de cano alto e bico revirado. Mas foram os romanos que primeiro moldaram a sola de gáspea (parte superior frontal do calçado), e fizeram fôrmas diferentes para o pé esquerdo e direito. Foi um grande progresso para a época, mas essas tais fôrmas foram esquecidas e tiveram que ser reinventadas pelos ingleses em 1818.
Em Roma, os calçados variavam de acordo com as classes sociais e o sexo do usuário. As mulheres usavam sapatos fechados nas cores branco, vermelho, verde e amarelo; os patrícios (nobres romanos) usavam sandálias escarlate com um ornamento em forma de meia lua no contraforte; os senadores, sapatos rasos e marrons; os cônsules, sapatos brancos; e os militares, pesadas botas ferradas com os dedos à mostra.
O imperador Caio, criado entre os saldados de seu pai, adotou pelo resto da vida uma sandália do exército (calígula) e passou à história com esse nome.
Na idade média, pobres e camponeses usavam tamancos, e mesmo os sapatos dos ricos não eram pretensiosos. Só mais tarde começaram a se modificar com fivelas e cadarços. Eduardo I decretou que 1 polegada equivaleria a 3 grãos e adotou-se esta medida para determinar o número do calçado, que é usada até hoje.
Nos séculos XIV e até meados do século XV, os sapatos foram se alongando e ficaram muito pontiagudos. Até as armaduras seguiram esse gênero, com sapatos de ferro e bico revirado. Eduardo II decretou então que o bico não poderia exceder a 2 polegadas, mas foi em vão, pois seu neto e sucessor Ricardo II já usava calçados que atingiam até 18 polegadas de bico.
No final do século XV e início do século XVI, Henrique VIII, por possuir os pés largos, inchados e doloridos, se sentia confortável com chinelos e sapatos mais largos e, por decreto, proibiu o uso de sapatos pontiagudos. Por isso, esse novo tipo de calçado acabou se popularizando, e poderia ser usado por qualquer classe social, tendo como uma das principais características a simetria, sem distinção de pé esquerdo ou direito.
No século XVII predominavam as botas e os sapatos tinham salto de tamanho moderado. Luiz XIV lançou o salto que o neto conservou e tem seu nome, Luís XV. Os sapatos eram mais enfeitados, com fitas e laçarotes.
Na América Colonial puritana, homens e mulheres usavam sapatos pretos de verniz, com pouco salto. No século seguinte as fitas foram substituídas por adornos em outro e preta, muitas vezes recheados com pedrarias.
Até o século XIX, a manufatura dos calçados era toda a mão, com o solado todo preso por pregos. Só com o advento das máquinas de costura americanas, de Walter Hunt, de Elias Howe e de Isaac Merrit Singer, a produção do sapato cresceu e seu custo barateou. Logo surgiram máquinas especializadas, o que revolucionou a indústria de calçados.

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Serviço: Exposição "Sapatos pelo Mundo"
Local: 1º. Piso do Shopping D - Av. Cruzeiro do Sul, 1100
De: 23 de agosto a 04 de setembro de 2005
Horário: de 2ª a sábado, das 10h às 22h, e domingo das 12h às 20h

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