Depósito virtual das coisas, pensamentos, ideias, músicas, sentimentos, badulaques, livros, enfim... todas as manias de Mani Maria.
18 setembro 2002
Ontem assisti os curtas metragens, na realidade, não filmes produzido pelo Glauber, mas são filmes que fazem o estilo dele e que mostram o trabalho dele.
o primeiro, "Á meia noite com Glauber", é bem trash... na realidade Ivan Cardoso é considerado um cineasta B, estilo Zé do Caixão... é um movimento de Libertação Estética....
Esquecido, difamado, mal compreendido. Sua postura ambígua, não se encaixando nos padrões e classificações de sua época, e da nossa, renderam a Glauber Rocha tais jargões. Não se tratando de falta de memória, mas de uma memória colonozida.
O cienasta baiano dedicou sua vida ao cinema. Principal artífice do Cinema Novo, buscou a criação de uma lingugem cinematográfica genuinamente nacional, que se utilizasse das inovações do neo-realismo italiano e da nouvelle vague francesa, aliados a elementos estético- culturais brasileiro.
É o povo brasileiro na tela do cinema : danças, religão, misticismo, litaratura de cordel, folclore, enfim, a cultura da nação. A fotográfia de xilogravura, a toada do canto sertanejo nordestino em "Deus e o Diabo na Terra do Sol", a figura de São Jorge em Santo Guerreiro contra o "Dragão da Maldade".
Mas não uma simples transposição. O folclore é antes politizado, contextualizado, tirado de sua função original e potencializado como forma de interpretação da realidade brasileira. Interpretação que pretende transformar essa realidade. É o Cristo fora da cruz, comandando a libertação do Terceiro Mundo em "Idade da Terra".
O cinema é uma arte política. A dominação norte-americana sobre o Brasil é uma dominação econômica e estética. Somos submissos ao FMI e a roliude. O primeiro, cria e mantém as condições da dominaçãp financeira. O segundo, edifica, justifica e legitima a estrutura do imperialismo. É o capitalismo video-financeiro: roliude + dólar. "O herói do cinema americano geralmente aparece como fusão de virtudes acalentadas pelo dólar: alto, forte, bonito, inteligente, honesto e violento (...)"
::Na boa... juntar o útil ao agradável não faz mal a ninguém... um filme não precisa ser tão trash, tão feio... para ter um discursso e uma ideologia oposta a que estamos vivendo... um discurso maduro e realístico e patriótico, sem quais quer influâncias estéticas internacionais.::
Na prática e em poucas palavras... é inconfundível a cor do por-do-sol do Rio de Janeiro, que é mostrado nos filmes nacionais... ; - ))
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